terça-feira, 31 de julho de 2012

Quem cai de cabeça...

Aceito a ordem das coisas, a geometria imposta do quarto?        
Os objectos no seu lugar de sempre, a distância exacta da cadeira à mesa, do meiple à janela?
.....

Aceito a minha vida? Ou mexo no candeeiro, desvio-o alguns centímetros na mesa, altero a relação das coisas, afinal tão frágeis que o simples desvio de um objecto pode romper o equilíbrio?
Pego no telefone e grito ao primeiro desconhecido: ouves-me?
Ou deixo tudo tal como está, medido, quieto no rigor do quarto, e eu hesitante entre o soalho e o tecto?
Desloco o cinzeiro, sabendo que posso atar mandarins, provocar cataclismos, fracturas, amores, eclipses, sonhos, com a ponta dum dedo?
Ou apago a Lâmpada eléctrica e entro no mesmo torpor que as flores do tapete, a fruta dos quadros, o frio, o bolor, no chão, nas paredes.
....
Ou desencadeio a insurreição mudando de sítio o meiple, a cadeira, 
mudando-me a mim?

Carlos de Oliveira "O inquilino"


I love you Piny

 

Dizia-me, numa história que só as mulheres fabricam "só a pele se gasta, o amor continua a morder-nos através das sílabas".


Fim de Ciclo


Glórias passadas


segunda-feira, 2 de julho de 2012

Inexistências


Existências


Inexistências


Existências


Pequenos Prazeres


A Celeste fez anos. Esqueci-me, e não me perdoo por isso. Desejava, na sua companhia, ter bebido uma "Ginginha do Carmo" à sua saúde. Para o ano lá estaremos!