segunda-feira, 16 de abril de 2012

Territórios


São 10 horas. Estou no hospital, sala amarela. Enquanto a minha mão acaricia, de quando em vez, a barriga que me dói, passa-me uma parte deste mundo pelos olhos. Registo, sobretudo, um grito vindo de uma maca "Mãe!", di-lo duas vezes, desesperadamente, na solidão da sala cheia.

É um adulto a querer o colo da criança que foi, ou é uma criança a subir, alucinadamente, pelo corpo deste adulto.


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