Hoje a tia Júlia fez 17 anos. Comprou uns brincos grandes e vermelhos com que se enfeitou, calçou sapatos de pequenos saltos, saia branca travada, e saiu para as ruas floridas da sua cidade.
Foi assim que a viram e nunca mais a esqueceram...
Para a tia Júlia, agora, os anos eram já dias de inverno em que o sol se escondia às 5 da tarde.
O tempo marcara-lhe a alma, mas compensava-o com o rejuvenescimento progressivo da memória.
Cada dia a tia Júlia estava mais próxima de nascer.