Ainda não se sente o cheiro de uma nova estação, como não se
sente este país pequeno e resignado que parece impotente e adormecido. Talvez
este sentimento se agarre à nossa alma e nos faça, como diz uma amiga minha,
doente da vontade. Doente da vontade para sentir, para ver, para partilhar…
Até as gaivotas fugiram do mar e pousam nos jardins desta
cidade. Há muita coisa estranha neste novo século.
Só a música que toca ali, no
canto da sala, nos faz acreditar que há gente que permanece. A voz do Zeca
Afonso, a Cristina Branco, a Cesária Évora e, agora, o Charles Aznavour. ..
Sem comentários:
Enviar um comentário