terça-feira, 29 de agosto de 2017

A pérola de Steinbeck

A música que agradeço ter recebido do Karim 

Não sabemos, muitas das vezes, porque recordamos ou esquecemos determinado livro. No conto de Steinbeck esqueci a narrativa, mas sabia que a estória era tão bela quanto dramática. Lembrava-me, no entanto, do autor chamar "música" aos sentimentos ou às emoções vividas em certos momentos pelos personagens: a música da família, dos filhos, da noite, do amor, da amizade...
Guardei esta dimensão da "música" como uma oferenda do narrador. Sinto-a, muitas vezes, sem nada saber de música.  A palavra substitui, com vantagem, muitas dissertações tão enfadonhas quanto inúteis sobre um estado de espírito, uma comunhão com qualquer coisa que não tem materialidade. Posso, com liberdade, falar da música dos astros, do verde, das águas... 

e posso perguntar se o SILÊNCIO tem música?
porque não sentir , então, "A MÚSICA DO SILÊNCIO", neste fim de tarde?


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