Sinto-me tão bem aqui, como me sentia na "terra" quando o tempo era lento e os olhos se enchiam de prazer. Lembro-me que reconhecia a chegada, pelos fetos à beira da estrada, pelo cheiro do eucalipto e da caruma que acendia as lareiras. Foi o tempo em que a vila para mim era uma aldeia, um agasalho de colo ao gosto da minha avó Hermínia. Agora, no "jardim" que me esconde a cidade, com os olhos a espraiarem-se na relva onde brincam crianças ou os namorados se abraçam, vou até ao lago. Meio a brincar, meio a sério, vou fazer o recenseamento dos animais que por ali o habitam.: 14 patos do Egito; dois patos reais; muitas gaivotas pequenas e brancas; um cágado e, por último, o "triste só", um mini-pato que se recusa a crescer, que mergulha constantemente, aparecendo nos mais diversos sítios e recusando, num jogo engraçado, a fotografia que o ameaça.
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