sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

A arte e o álamo


Continuo a ver figuras humanas nas tábuas cortadas, nos troncos e nos ramos das árvores. 
Ontem, na entrada de um pequeno restaurante em Cascais, um álamo, árvore que se diverte a gerar desenhos na própria casca e na qual é relativamente fácil encontrar aqueles grandes olhos egípcios que nos levam a duvidar se não foram criados por algum amante da arte de rua, surpreende-me com uma figura feminina quase completa.

Preparo a máquina para lhe tirar uma fotografia e peço ao dono do estabelecimento comercial para deslocar um reclame, enquanto pergunto:
- sabe se alguém “ajudou” a desenhar esta figura? ao que o homem responde com ar espantado:
- "qual figura? mostro-lhe então a rapariga que faz parte da sua esplanada: os olhos, nariz, boca, cabelo, peito...
- estranho, estou aqui há anos e nunca a tinha visto! Conclui, convencido.                                            

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