Muito cedo, hoje, ontem, numa terça feira passada, em 2005 ou 2013, os meus olhos aprenderam a secura dos desertos. É uma doença estranha, já que não se legitima por causas ou razões observáveis. É antes uma falta na mais profunda raiz de mim, um silêncio amargo do meu corpo que recusa o fresco da água.
Sinto ainda, no pequeno gesto ou no insignificante
acontecer, a ameaça de uma lágrima que não chega a cair, mas que me diz da
alegria de estar viva.
Guardo, então, num velho cofre a palavra emoção com um medo
enorme de perdê-la.
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