Naquela casa, conviviam os espíritos da minha avó e da minha tia materna. Amor e Austeridade, histórias de família aliadas ao cheiro dos santos que a habitavam.
Naquele ano eu ainda recitava ao deitar: “Senhor, não sou digna de que entreis na minha morada, mas dizei uma só palavra e a minha alma será salva”.
O sagrado na sua versão mais crua e castradora, Metáfora de códigos adultos, que reforçavam silêncios e calavam o corpo que nascia e crescia numa única manhã.
Era cedo demais e não entendi as palavras por dizer.
Nesse mês, acabava o Verão.
Era cedo demais e não entendi as palavras por dizer.
Nesse mês, acabava o Verão.
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