quarta-feira, 8 de março de 2017
Anita, a burra
Em Marrocos via-os pequenos, roliços, de pelo longo, como brinquedos em mãos adultas. Voltámos várias vezes àquela feira onde se vendiam e compravam após grandes discussões quanto ao seu preço, à qualidade e à resistência do animal. Tinham, normalmente, um ar doce e triste, como quem sabe que só lhes resta um futuro difícil de trabalhos pesados.
Em Alcochete, na reserva, encontrei o Ernesto, um burro português que comia flores e, por via dos seus excessos, fora separado das fêmeas. Não sei se o Ernesto foi até ao Alentejo...
...mas numa quinta de sobreiros, flores e pequenas lagoas, onde a terra é religião, uma burra escolheu dar à luz no dia 26 de Fevereiro uma cria que foi chamada de Anita.
Sabem porquê?
Em honra da minha amiga Ana que, ao fazer anos, nunca recebera uma tão merecida e bela prenda.
Há aniversários felizes e burros com sorte.
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