Éramos dois em Chefchaouene frente a uma nuvem rosa. Tão só quanto eu, a tua dança convocava o espírito dos céus. Haveria música? Eu tocava-a à noitinha, quando os sapos invadiam a terra e tinham a humidade dos verdes e dos castanhos encantados. A música era real? Era breve? Eram sons do encontro entre o silêncio e o meu corpo? Que música era essa que embalava os meus sentidos?
Fomos duas pessoas a saber beber chá de rosa e menta em Chefchaouene.
2 comentários:
só não percebo essa insistência nos tempos pretéritos!... porque não: ainda havemos de beber chá, café amarguíssimo, gin ou um redondo tintol, numa qualquer Chefchaouene que desponte numa curva da estrada? ainda havemos de acumular muita memória, em azul ou a preto e branco. não é por mero acaso que o retrovisor é muito menor que o para-brisas!!!
o que não invalida a sensível beleza da memória...
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