Começou por ser um blog de fotografia, aos poucos foi sendo um blog de textos de carácter pessoal, não “virou” diário por pudor e porque há silêncios que se não conseguem quebrar.
domingo, 31 de outubro de 2010
GEOMETRIA II
O círculo, firmamento? lua cheia? mulher grávida? sol de Outono, vermelho? O "carocha" num anúncio de café e música? ou antes, o eterno retorno a uma loucura adiada?
e o retorno é o que mais tem que ser, com força e temperança, a poder da conjugação, surpreendente ou nem por isso, de pecados e virtudes a que nos vinculamos e desvinculamos, como libertários adiados, quiçá porque loucos...
nesse engenho, espelho da vitalidade senão mesmo da própria vida, enquanto encadeamento e sucessão de morte e renascer, prisão e libertação, andamento e espera, com o condimento dos entretempos indefiníveis com que devemos conviver, nesse engenho, dizia, há uma força motriz, coração, um círculo vermelho que dá azo à comoção como à locomoção, empurrando o adiamento até à exaustão, de combustão em combustão, em intervalos de intervalos que são a matéria de que o tempo é feito e que a intervalos importa refazer
O nome foi um desafio. E nasceu Kantos. Da Terra, porque pode falar da viagem. Também nos diz do canto, da voz e da música que nos assombra. E dos cantos onde vivemos, ou onde nos escondemos. Dos nomes que temos. Das pessoas que não somos...
Um dia talvez venha a refletir acerca de mim. Todos nos inventamos um pouco. Somos parte disso e parte do que os outros inventam sobre nós. Somos, mas nas nossas circunstâncias. O que seriamos noutras? ...a minha grande dúvida! Mas sou, sei-o, como defeito e qualidade, boa pessoa, o que, por vezes, nem sempre me tem ajudado a gerir bem a vida.
1 comentário:
adiada é maneira de dizer!
e o retorno é o que mais tem que ser, com força e temperança, a poder da conjugação, surpreendente ou nem por isso, de pecados e virtudes a que nos vinculamos e desvinculamos, como libertários adiados, quiçá porque loucos...
nesse engenho, espelho da vitalidade senão mesmo da própria vida, enquanto encadeamento e sucessão de morte e renascer, prisão e libertação, andamento e espera, com o condimento dos entretempos indefiníveis com que devemos conviver, nesse engenho, dizia, há uma força motriz, coração, um círculo vermelho que dá azo à comoção como à locomoção, empurrando o adiamento até à exaustão, de combustão em combustão, em intervalos de intervalos que são a matéria de que o tempo é feito e que a intervalos importa refazer
;_)))
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