Começou por ser um blog de fotografia, aos poucos foi sendo um blog de textos de carácter pessoal, não “virou” diário por pudor e porque há silêncios que se não conseguem quebrar.
sábado, 30 de outubro de 2010
GEOMETRIA I
O rectangulo, uma rua em que me movo. O limite da forma no fim sem sentido. Cortado o infinito, pelos lados. Volto atrás, o mesmo caminho... Rasgo as mãos contra o muro. Preso o espaço, tal como no quadrado. O GRITO!
volto, como era ideia, para rever as imagens, testar a força da primeira impressão, fruí-las outra e outra vez e outra, também pelas palavras, coisa séria e algo acesa, a merecer análise e, porque não?, debate
começo, de mansinho, pelo princípio
e pelos princípios: há gente e luz e movimento na quadratura do rectângulo
mas há mais, há perspectiva, há centralidade e fuga, há o adentramento do grito a dizer e a casar com as palavras, angulosas de rectas e limites, de cortes, muro e prisão, num voltar atrás pendular que é a vida a recomeçar
e há então, sempre houve, presente e, porém, para sempre, aquelas braçadas articuladas que lutam e gesticulam, gritam, pois gritam, mas fazem jus à rectangularidade e pintam de contorno a geométrica realidade, afinal mágica desde antes de Euclides e capaz de animar a paisagem, quem a habita e retrata ou quem a lê, canta e encanta em admirável poesia como a respiração dos seres, da vida e da partilha que tudo justifica, mesmo a sofreguidão da busca pela pura liberdade, contra a qual o espaço, ou o seu limite, nada pode
O nome foi um desafio. E nasceu Kantos. Da Terra, porque pode falar da viagem. Também nos diz do canto, da voz e da música que nos assombra. E dos cantos onde vivemos, ou onde nos escondemos. Dos nomes que temos. Das pessoas que não somos...
Um dia talvez venha a refletir acerca de mim. Todos nos inventamos um pouco. Somos parte disso e parte do que os outros inventam sobre nós. Somos, mas nas nossas circunstâncias. O que seriamos noutras? ...a minha grande dúvida! Mas sou, sei-o, como defeito e qualidade, boa pessoa, o que, por vezes, nem sempre me tem ajudado a gerir bem a vida.
1 comentário:
volto, como era ideia, para rever as imagens, testar a força da primeira impressão, fruí-las outra e outra vez e outra, também pelas palavras, coisa séria e algo acesa, a merecer análise e, porque não?, debate
começo, de mansinho, pelo princípio
e pelos princípios: há gente e luz e movimento na quadratura do rectângulo
mas há mais, há perspectiva, há centralidade e fuga, há o adentramento do grito a dizer e a casar com as palavras, angulosas de rectas e limites, de cortes, muro e prisão, num voltar atrás pendular que é a vida a recomeçar
e há então, sempre houve, presente e, porém, para sempre, aquelas braçadas articuladas que lutam e gesticulam, gritam, pois gritam, mas fazem jus à rectangularidade e pintam de contorno a geométrica realidade, afinal mágica desde antes de Euclides e capaz de animar a paisagem, quem a habita e retrata ou quem a lê, canta e encanta em admirável poesia como a respiração dos seres, da vida e da partilha que tudo justifica, mesmo a sofreguidão da busca pela pura liberdade, contra a qual o espaço, ou o seu limite, nada pode
;_)))
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