sexta-feira, 27 de setembro de 2013

O acento agudo



Pais angustiados num país angustiado!

Pensei na importância daquele acento agudo...


domingo, 22 de setembro de 2013

Lazer na quinta das conchas




Sabes, eu sou um backugan bom, porque tu não gostavas de mim se eu fosse um backugan mau...

Carlos

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Interlúdio "O meu Avô e o amor em 1910"



O meu avô morreu era eu pequena. Deixou-me a avó Hermínia, avó Bibi para o meu filho. A mais terna das mulheres que conheci. Não tenho dela fotografias, mas tenho sensações de protecção, do seu calor materno e, para a pequena estória pessoal, postais e desenhos vários que o amor lhe deixou.

Do meu avô sei que era laico, republicano, além de um homem bom e de princípios morais fortes. Sempre o vi como a referência dos vivos, naquela casa onde senti e aprendi a crescer.

Apeteceu-me trazê-lo aqui. Tirá-lo da gaveta. E com ele, recuperar a sua relação com a minha avó Hermínia. Ter a ilusão de a tornar menos perecível.

Recuar no tempo...
Talvez, também, recuperar parte de mim.

domingo, 15 de setembro de 2013

O meu avô

Nas pétalas d' uma flôr

Perguntei-lhe:

Alva, gentil, graciosa e bella
Flôr singela de perfume celeste
Que aroma mimoso! Que linda tu és!
Cahida a meus pés... D' onde vieste?

Respondeu-me:
O dever de flôr impõe-me segredo,
Mas acabe esse medo, tyrano preceito
Voei do jardim que a tua alma adora
Encontro-me agora sobre o teu peito.

Num seio casto outr´ora dormi,
D´elle pendi como rôxa glycinia
Agora perfumo o teu coração
Como recordação de ....Maria Hermínia

A flôr que recebi na noite de 4/4/1910
                                                                             Augusto

O meu avô (parte 1)




Songe d´Amour

Tristes flôres que a morte espreita
A quem a vida ceifei na pujança
Mimoso perfume, que assim me deleita
Dispersas no colo, pendidas na trança

Pobresinhas e tristes que ides mirrar
No seio, inclemente que, audaz, vos cortou
Se lágrimas de dôr vos podem salvar,
brotem aquellas que a innocência calou


O meu avô (parte 2)




De repente um sorriso nos lábios brincava
Quebrando a dor num peito divino
E um coro de flôres, ternamente, bradava:
Não chores. Q´importa?...É nosso destino...

Ah! Já não posso contemplar-vos mais...
Dói-me o coração de vos ver assim...
Os primeiros olhos que lêrem meus ais...
Que vos levem a vós e me abandonem a mim...


Augusto

11-6-1910

domingo, 8 de setembro de 2013

A árvore



Uma fotografia "ao baixo", dedicada ao Flor...

... afinal, continua a ser um retrato!

sábado, 7 de setembro de 2013

Síntese



Habito, sem me decidir, entre o prazer de uma literatura poética, lírica ou mesmo fantástica, e uma outra, que reflete uma visão seca e dorida do quotidiano, do tempo e da vida.

Entre estas duas, aprende-se a evitar a escrita.