domingo, 15 de setembro de 2013

O meu avô

Nas pétalas d' uma flôr

Perguntei-lhe:

Alva, gentil, graciosa e bella
Flôr singela de perfume celeste
Que aroma mimoso! Que linda tu és!
Cahida a meus pés... D' onde vieste?

Respondeu-me:
O dever de flôr impõe-me segredo,
Mas acabe esse medo, tyrano preceito
Voei do jardim que a tua alma adora
Encontro-me agora sobre o teu peito.

Num seio casto outr´ora dormi,
D´elle pendi como rôxa glycinia
Agora perfumo o teu coração
Como recordação de ....Maria Hermínia

A flôr que recebi na noite de 4/4/1910
                                                                             Augusto

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